quarta-feira, 23 de maio de 2018

A Revolta da Vacina

        

Revolta da Vacina foi uma revolta e manifestação popular. 

O início do período republicano no Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares.
 O motivo que desencadeou essa revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a variola. 

"Tiros, brigas, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados às pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz."

A campanha de vacinação obrigatória foi colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta pelo estado. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam aqueles que se recusavam, a força. Nesta época, não era de conhecimento público os benefícios da vacina, e a instituição nao se incomodou em explicar á população.
A resistência popular, que quase levou a um golpe militar, teve o apoio de positivistas e dos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha. Os acontecimentos, que tiveram início no dia 10 de novembro de 1904, com uma manifestação estudantil, cresceram consideravelmente no dia 12, quando a passeata de manifestantes dirigia-se ao Palácio do Catete, sede do Governo Federal. A população estava alarmada. No domingo, dia 13, o centro do Rio de Janeiro transformou-se em campo de batalha: era a rejeição popular à vacina contra a varíola, que ficou conhecida como a Revolta da Vacina, mas que foi muito além disso.

A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perderam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos "mata-mosquitos", que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.
A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de novembro). A rebelião foi contida, deixando 30 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, enviadas para o Acre.
Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital. 
Hoje  vacinações são comuns.

11 comentários:

  1. Quem eram os mata-mosquitos exatamente?

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  2. Então pode se dizer que se houvesse conscientização do que era a vacina, haveria menos impacto, do que como foi sendo a força?

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  3. Nesse segundo processo de vacinação, houve uma conscientização da população para ocorrer? Ou ocorreu de maneira parecida com a primeira?

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  4. O que é estado de sítio?

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  6. Pedro Henrique Torres6 de junho de 2018 às 14:42

    Qual foi o principal fator que fez a revolta acontecer ?

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  7. Qual a opinião de vocês sobre os homens não aceitarem que suas mulheres sejam vacinadas por outras pessoas na sua ausência?

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  8. Por que, exatamente, eles foram enviados especificamente para o Acre?

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  9. Nessa época houve a revolta da vacina por falta de informação da população e é triste saber que atualmente muita gnt deixa de se vacinar por causa de informações erradas(principalmente fake news em grupos de whatsapp)... Após a revolta da vacina, houve alguma campanha de conscientização?

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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