Revolta da Vacina foi uma revolta e manifestação popular.
O início do período republicano no Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares.
O motivo que desencadeou essa revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a variola.
"Tiros, brigas, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados às pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz."
A campanha de vacinação obrigatória foi colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta pelo estado. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam aqueles que se recusavam, a força. Nesta época, não era de conhecimento público os benefícios da vacina, e a instituição nao se incomodou em explicar á população.
A resistência popular, que quase levou a um golpe militar, teve o apoio de positivistas e dos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha. Os acontecimentos, que tiveram início no dia 10 de novembro de 1904, com uma manifestação estudantil, cresceram consideravelmente no dia 12, quando a passeata de manifestantes dirigia-se ao Palácio do Catete, sede do Governo Federal. A população estava alarmada. No domingo, dia 13, o centro do Rio de Janeiro transformou-se em campo de batalha: era a rejeição popular à vacina contra a varíola, que ficou conhecida como a Revolta da Vacina, mas que foi muito além disso.
A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perderam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos "mata-mosquitos", que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.
A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de novembro). A rebelião foi contida, deixando 30 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, enviadas para o Acre.
Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital.
Hoje vacinações são comuns.
Quem eram os mata-mosquitos exatamente?
ResponderExcluirEntão pode se dizer que se houvesse conscientização do que era a vacina, haveria menos impacto, do que como foi sendo a força?
ResponderExcluirNesse segundo processo de vacinação, houve uma conscientização da população para ocorrer? Ou ocorreu de maneira parecida com a primeira?
ResponderExcluirO que é estado de sítio?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQual foi o principal fator que fez a revolta acontecer ?
ResponderExcluirQual a opinião de vocês sobre os homens não aceitarem que suas mulheres sejam vacinadas por outras pessoas na sua ausência?
ResponderExcluirPor que, exatamente, eles foram enviados especificamente para o Acre?
ResponderExcluirNessa época houve a revolta da vacina por falta de informação da população e é triste saber que atualmente muita gnt deixa de se vacinar por causa de informações erradas(principalmente fake news em grupos de whatsapp)... Após a revolta da vacina, houve alguma campanha de conscientização?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA Revolta teve algum líder?
ResponderExcluir